A requalificação da avenida Duque de Caxias ainda nem foi inaugurada e já está causando indignação nos usuários. O motivo da reclamação é a ciclofaixa feita no canteiro central da via. Menos de um mês após receber a pintura, buracos e rachaduras já tomam conta da pista. Tal obra, assim como a das avenidas Juscelino Kubitschek de Oliveira e Domingos de Almeida, está a cargo da MAC Engenharia.

O trecho mais crítico é na praça 20 de Setembro, entre a rua Jornalista Cândido de Melo e a avenida Presidente João Goulart. O funcionário público Jorge Luís Oliveira costuma transitar pelo local e resume: “Ficou mal feito”. Para ele, a qualidade da obra é ruim pela quantidade de dinheiro investido no local - a requalificação foi orçada em R$ 19,5 milhões. Outros ciclistas que passavam na ciclofaixa na terça-feira (28) fizeram sinal de reprovação para a obra.

As melhorias na Duque de Caxias começaram no dia 29 de abril de 2016 e deveriam ter terminado no início deste mês. Porém, um aditivo de seis meses no tempo total da obra foi solicitado e ela só deve ser entregue no início de maio de 2018. É neste argumento que o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, se baseia. “A obra está em execução”, afirma. Segundo ele, há um engenheiro responsável por acompanhar e fiscalizar o processo.

Sobre o tempo extra necessário ao término da construção, o secretário diz ser normal em obras de grande porte como a da Duque. Imprevistos como dias chuvosos e rompimento de adutoras do Sanep foram vistos ao longo do tempo de execução e o aumentaram, lembra. Sobre os estragos na ciclofaixa, ele diz que cada ponto tem um motivo diferente. Em alguns a culpa é de um caminhão que subiu na via e quebrou o concreto. Outros, a própria máquina da empresa estragou.

Paulo Morales afirma ainda que, até o final do prazo de entrega, a empresa responsável pela obra deve refazer os trechos danificados. A obra também tem garantia de cinco anos. Neste período, qualquer problema causado pela empresa deverá ser reparado pela mesma, sem nenhum custo ao município. Já os estragos causados pela população deverão ser consertados pelo Poder Público.